sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Somos eu e...

E somos nós, nós insanos, que nos disperdiçamos em tempos longos de caminhadas longas de reflexões extremamente longas. E somos nós e não eles, boêmios infantis, embebidos de prazeres efêmeros, com seus drinks azuis, seus cigarros em maço e suas prostitutas ousadas. E somos nós e não elas, crianças tolas vestidas de branco e preto, gozando de maturidades fantasiadas, com seus hormônios alterados, seus desejos retorcidos. E somos nós, nós inocentes, que nos aborrecemos com mediocridades sem limite, com mentes escassas, culturas poluídas [e vice-versa]. E somos nós e não eles, lideres ignorantes que pintam nossa história de cinza, enchem seus bolsos de verde, mentem discaradamente e sorriem amarelo. E somos nós e não eles, garotos(as) duvidosos(as) com seus conceitos facilmente mutáveis sobre beleza e sexualidade e suas drogas ainda mais alucinógenas. E somos nós, nós pensadores e escritores da noite, nós responsáveis demais, nós conscientes demais, nós conformados de menos; somos nós que mantemos a "ordem"; somos nós que morremos de pena; somos nós que acreditamos. Ainda acreditamos. Mentes brilhantes, jovens saudáveis, políticos honestos. Nada utópico, de fato!

4 comentários:

Letícia Freire de Moraes disse...

Tõ perdendo a sensibilidade, parece. O.o

Mileto disse...

Caramba, que incisivo esse texto! Gostei um monte, uma montanha talvez. Parece um desabafo, uma reflexão, um monólogo para alguém ouvir. Gostei dos adjetivos transbordando de dentro de políticos e jovens. Há toda uma comparação, uma dicotomia nós-eles, uma expressão diferente do velho bem versus mal: duelo conflitante. Além disso, talvez não o núcleo do texto, mas um de seus alicerces parece ser uma crítica ao amadorismo, o facilmente-reproduzível. E o fim: ironicamente pontiagudo.

Letícia Freire de Moraes disse...

Definitivamente, é muito mais fácil criticar! duhfaisduhai Mas, previno: tenho plena consciência, Tales. Foi um desabafo, sim! Foi uma crítica, sim! Difícil de manter, fácil de externar.

Obrigada, Tales, você me entende bem do jeito que é pra entender, mesmo. Não preciso explicar nada, que ótimo! ^^

Unknown disse...

:O
(não consegui escrever nada além disso)