domingo, 14 de março de 2010

Foi grave, mas dissolvido.

O olhar foi sério, mais firme que a vontade. A palma da mão foi áspera e a dor foi mais forte dentro que fora. Sentiu pela vida, sentiu pelo erro. Quis derreter, dividir-se em moléculas, desaparecer! As mãos tremeram, as pernas também. E a lágrima rolou, porque lágrima é dor exposta. Lágrima é fraqueza, é fracasso.
Preferiu permanecer do jeito que ficou: estática, olhar no chão, cabelo no rosto, vergonha no ar. Não proferiu palavra, não levantou os olhos, não procurou sentido.
Voltou pra bolha e dissolveu tudo em música e prosa.

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