que soprou na janela
fez a ponta da cortina
roçar as cordas do violão.
O violão
recobrando os sentidos
me deu um "mi" tão surpreso
que chamou atenção.
Digo, então,
que o vento me trouxe, ao balançar a cortina,
a princípio um tom.
E este tom,
manifesto sutil expresso no som,
tocou na questão:
Impressão sensível do fato teria
todo aquele cujo hábito
é ver poesia?
Nenhum comentário:
Postar um comentário