sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Desde sempre, 1 sozinho.

É como se ele não conhecesse vínculos, como se não criasse longos relacionamentos, como se o círculo imaginário de conhecidos amigos ficasse tão mísero, pequeno, a ponto de não caber sequer uma pessoa, objeto ou mesmo sentimento. Numa barreira de isolamento, intransponível e egoísta, fez caber apenas o que achou necessário: o próprio corpo e a própria alma.
Não caminha, (não como aquele caminhar quase saltitante, simpático e faceiro de quem experimenta uma alegria invisível) apenas desloca-se de um lugar à outro, buscando sempre um ponto fixo pra se instalar.
Não fala, (não como aquele jeito expressivo de quem transborda até pelas narinas palavras que surgem na idéia) apenas expõe opiniões e só o faz quando acha verdadeiramente necessário.
Uns olhos... Ah, aqueles olhos! Uns olhos de quem não te olha, de quem não te fita e não te liga. Olhos que dizem nada, olhos que escondem tudo. Não são olhos que procuram, que passeiam, olhos contentes. São olhos vazios, negros e indiferentes. Olhos de quem espera. Pelo quê? Isto ainda não é da minha conta. (:

2 comentários:

Miguel disse...

Não sei, mas não gostei dessa pessoa. =/


Hehe.

Unknown disse...

extraordinário Letícia. É de arrancara suspiros.
Halan.