sexta-feira, 22 de abril de 2011

Um agrado.

Depois de um filme estimulante, num instante de olhar para a janela, percebo o tempo cinza nessa noite quieta, com o clima pardo de ócio, transformar-se em energia, vir à tona, meio cor, meio brilho. Aumenta o contraste, a vontade, uma piscada demorada, e vê-se uma palavra, nota-se um som, um conjunto, em complemento. Vem pra dividir. E eu me divido em dois e eles se fitam, imparciais. Um permanece com a palavra, se balança ao som e se alegra estranhamente. O outro é todo inexpressivo, frio e insatisfeito. O que tem a palavra a compartilha: "liberdade", pisca devagar e sorri. O outro se enche de encanto, acende um cigarro e agradece.

Um comentário:

Fabio disse...

hm, que filme primoroso este que lhe deixou assim? sim, eu vi o filme do Ray. excelente! aliás, por falar em músicos, já viste aquele doc. do Nelson Freire?